Hoje postamos o disco de uma das maiores revelações do verdadeiro forró do Nordeste: RODOLFO LOPES.
Desde o ano que passou (2013) eu ouvia falar dele, mas ainda não tinha tido a oportunidade de ouvi-lo tocar. Claro que fiquei encantado com o talento dele. Ainda mais admirado com sua simplicidade e, sobretudo, a humildade e atenção que dispensa aos fãs.
Vou aproveitar a oportunidade para postar aqui uma reportagem/entrevista feita no Jornal Expresso com e reproduzida pelo Blog do Seridó.
Para baixar o CD clique aqui.
Sanfoneiro Caicoense é destaque no Jornal Expresso RN
"A edição nº 39 do Jornal impresso
“ExpressoRN” destacou na última sexta-feira (21), às linhas da página
39, uma entrevista com o sanfoneiro
Rodolfo Lopes, que vem se destacando no cenário artístico do
Estado. Confiram abaixo na íntegra a matéria do jornal:
Rodolfo Lopes “O Forró de volta às origens”
Admirador da sanfona “derna” de
pequenininho, o jovem Rodolfo Lopes vem ganhando destaque nos eventos do
Seridó. Caicoense da gema, o mesmo começou arriscando-se no teclado da
igreja do bairro, que até hoje reside. Rodolfo se define como um
abençoado por Deus e amante da cultura nordestina.
Ao dar os seus primeiros passos
musicais, na igreja, ele conseguiu espaço para participar de uma banda,
onde começou sua experiência verdadeira com a tão sonhada música. Logo,
depois decidido do que queria, o jovem partiu para carreira solo, onde
pode definir sua identidade musical, dando ênfase a cultura sertaneja
nas canções pé de serra.
Com 24 anos e muito chão pela frente, o
sanfoneiro divulga para sua geração a arte e cultura dos grandes nomes
do forró antigo, letrado e de belíssimas canções, sendo ele fã de nomes
como Luiz Gonzaga e Dominguinhos.
“Ver esse público mais atual gostar do
meu trabalho é conservar a cultura de um forró de qualidade e dar
seguimento ao legado musical deixado para nós”, disse o sanfoneiro. Em
Caicó ele é unanimidade na realização de eventos, desde convites
beneficentes, até as grandes festas realizadas na cidade, tal qual a
Festa de Santana de Caicó. Pensando no futuro, o músico é simplório,
deixa tudo nas mãos de Deus. Para ele tudo que aconteceu já é um grande
presente. “Tudo que tem de acontecer depende de Deus, então, eu deixo
que ele tome de conta do futuro, eu vou fazendo minha parte e Ele a sua,
abençoando minha vida e a carreira de Rodolfo Lopes” afirma.
Entrevista:
Equipe JE: Quando você percebeu que gostaria de ser cantor?
Rodolfo: Tudo começou
da admiração que eu tinha por sanfona. Desde pequeno, meu pai me levava
aos forrós e eu sempre ficava admirando o sanfoneiro tocar.
Equipe JE: Quando você começou a tocar instrumentos musicais?
Rodolfo: Eu comecei a
tocar teclado na igreja do meu bairro, João XXIII, no qual eu ainda
resido. Na mesma rua da igreja, tinha o Arraiá do Chapéu (antigo evento
de forró da cidade) e quando a novena terminava eu ia para o Arraiá. Meu
pai me presenteou com uma sanfona e depois de muito treino, surgiu o
Rodolfo Lopes sanfoneiro.
Equipe JE: Antes de seguir carreira solo você fez parte de uma banda. Como foi essa experiência pra você?
Rodolfo: Foi um
período para adquirir experiência, mas como o estilo musical da banda
era diferente do qual eu pretendia seguir, decidi voltar ao pé de serra.
Equipe JE: Como foi a aceitação dos seus familiares e amigos quanto à sua decisão de seguir carreira solo?
Rodolfo: Maravilhoso!
Todo mundo apoiou minha decisão e, hoje, graças a Deus, a maioria dos
eventos na cidade de Caicó tem a participação de Rodolfo Lopes.
Equipe JE: Para você, como
cantor, qual a sensação de fazer sucesso com um estilo de forró mais
arcaico, das origens, diferente do estilo de grandes bandas de forró da
atualidade?
Rodolfo: É
gratificante. Têm muitos jovens hoje em dia que pouco conhecem grandes
ícones do forró, como foi Luiz Gonzaga, então, ver esse público mais
atual gostar do meu trabalho é conservar a cultura de um forró de
qualidade e dar seguimento ao legado musical deixado para nós.
Equipe JE: E como estão os seus planos para o futuro, Rodolfo?
Rodolfo: Eu penso que
tudo que tem de acontecer depende de Deus, então, eu deixo que ele tome
de conta do futuro. Eu vou fazendo minha parte e Ele a sua, abençoando
minha vida e a carreira de Rodolfo Lopes."
Da esquerda para a direita: Rodolfo Lopes, Coqueiro e Marcos
Da esquerda para a direita: Paulo de Bastinho, Rodolfo Lopes e Marcos