terça-feira, 19 de novembro de 2013

Debaixo da Cajarana - Poesia

Hoje posto este belo poema feito por Marquinho, em homenagem a seu avô, de saudosa memória, Manoel Gregório, meu pai.

Debaixo da Cajarana 
(Marcos Cosme de Morais Grigório)

Ah como eu me lembro
Dos meus cinco anos de idade 
No colo do meu avô
Eita tempo que dá saudade

No seu rádio ele escutava
As músicas que ele gostava
Debaixo da cajarana
Quando a tarde debandava

E eu ali ouvia
Pequeno e com vivacidade
No colo do meu avô
Estava eu ali abraçado à felicidade

No laranjal do por do sol
Eu quietinho e sossegado
Debruçado nos braços do meu avô
De bem com a vida e aconchegado

E quantas vezes eu te ouvia Vovô
Cantando a “Farinhada”
Esquecia do resto do mundo
A tarde ficava mais demorada

E quando chegava a noite
Minha mãe vinha me buscar
Eu ia embora contando as horas
Para outro fim de tarde chegar

No outro dia de tarde
Voltava do cata-vento
No bagageiro da sua bicicleta
Andando alegre e cortando o vento

Quanta saudade eu sinto
Do meu tempo de criança
Dessa época de ouro
Doce e distante lembrança

Ah que bons tempos
De frente a Fazenda Santana
Eu no colo do meu avô
Debaixo da cajarana.
 

Um comentário:

  1. Marquinho ficou ótimo essa poesia, parabens continue assim, mostrando seu talento

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